As informações e a infraestrutura tecnológica da sua empresa estão seguras? Neste exato momento, diversas tentativas de sequestro de dados estão ocorrendo no Brasil. Basta uma vulnerabilidade para que o ataque se concretize e gere prejuízos financeiros e operacionais significativos.
De acordo com um levantamento feito pela Kaspersky, 56% das empresas brasileiras já enfrentaram incidentes relacionados ao ransomware, o principal software malicioso usado no sequestro de dados. Esse tipo de ciberataque bloqueia o acesso aos dados ou sistemas e exige o pagamento de um resgate (normalmente, em bitcoins) para corrigir o problema.
Confira mais detalhes sobre o sequestro de dados e entenda como esse crime ocorre e quais são os caminhos para proteger a sua empresa.
O que é o sequestro de dados?
O sequestro de dados é um ataque cibernético provocado por softwares maliciosos (malwares) que atingem sistemas corporativos e bloqueiam o acesso aos seus dispositivos e informações. O objetivo é exigir o pagamento de um resgate para reestabelecer a situação.
Além da extorsão, que é caracteriza pela exigência de pagamento para devolver à empresa o acesso aos sistemas e dados, há outros tipos de prejuízos decorrentes desse ciberataque. Por exemplo, a interrupção das operações até que o problema seja resolvido ou o risco de vazamento das informações acessadas pelos criminosos — exposição que fere a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e pode resultar em penalidades severas para a companhia.
Quais são os principais alvos nos sequestros de dados?
O sequestro de dados é um ciberataque mais direcionado para o segmento corporativo do que contra pessoas físicas. As empresas realizam uma série de operações a partir de seus sistemas tecnológicos e fazem uso intensivo dos dados para isso. Dessa forma, precisam reestabelecer rapidamente a situação e têm mais recursos financeiros para pagar pelos resgates de acesso exigidos. A questão é: que tipo de empresa é mais visada no sequestro de dados?
Você já deve ter visto notícias sobre sequestros de dados praticados contra grandes empresas. Esses casos chamam atenção por afetar negócios que realizam uma quantidade expressiva de transações e tratamento de dados, impactando um amplo contingente de clientes. Isso justifica a repercussão desses ataques.
Embora grandes companhias sejam as mais visadas, pequenos e médios negócios também podem ser afetados por esse tipo de ação. Por isso, a gestão de vulnerabilidades e as ferramentas de cibersegurança precisam estar presentes em todas as empresas — com recursos adequados ao porte e às necessidades de cada organização.
O que é ransomware?
Existem diferentes tipos de malwares que podem ser usados com o objetivo de praticar o sequestro de dados. Para que o ciberataque aconteça, os hackers precisam invadir o dispositivo e, de alguma forma, impedir o uso de sistemas ou dados para, então, solicitar o resgate.
Nesse sentido, os criminosos podem recorrer a programas maliciosos que coletam informações e, principalmente, senhas, usando softwares do tipo spyware e keylogger. Com isso, é possível restringir acessos ou realizar transações específicas (operacionais e até financeiras). Fato é que esse tipo de malware possibilita a invasão, que pode resultar em pedido de resgate ou outras formas de prejuízo para a empresa.
Os vírus que corrompem arquivos são outros recursos que prejudicam as organizações. Nesse caso, o hacker danifica arquivos ou inviabiliza o acesso ao dispositivo e exige pagamento para corrigir o problema.
No entanto, o malware mais associado ao sequestro de dados é o ransomware, usado particularmente para essa prática criminosa. O próprio nome desse tipo de software revela sua principal função, que é a de pedir resgate (ransom, em inglês). Por meio desse programa, o hacker consegue impedir o uso de arquivos ou o acesso ao sistema para praticar a extorsão.
Como ocorre o ataque por ransomware?
O ransomware é capaz de criptografar dados e bloquear o acesso a um dispositivo ou sistema. Isso acontece a partir de uma contaminação, ou seja, o código malicioso, que pode estar presente em um link ou arquivo, vai infectar a máquina.
A partir dessa invasão, o criminoso consegue se apropriar dos dados e impedir o uso do sistema. Feito isso, o usuário recebe uma mensagem (como um pop-up) informando que não conseguirá acessar informações e programas até pagar o resgate.
O transtorno para as empresas é tão severo que um levantamento feito pela Kapersky revela que, em caso de novo ataque por ransomware, 88% das empresas brasileiras que já foram vítimas desse tipo de ciberataque pagariam o resgate.
Vale destacar que o criminoso que está praticando a extorsão não oferece qualquer garantia. Além disso, a exposição das informações da empresa é uma situação grave, que pode prejudicar tanto a organização quanto seus clientes e colaboradores, por conta do acesso criminoso aos dados que deveriam estar protegidos.
Como se proteger do sequestro de dados?
O sequestro de dados é um risco que precisa ser gerenciado, ou seja, a empresa deve contar com recursos adequados às suas necessidades para mitigar as chances de sofrer qualquer tipo de ciberataque. O objetivo da segurança cibernética para empresas é garantir que suas atividades sejam realizadas com integridade, autenticidade e confidencialidade. Confira dicas para se proteger contra o sequestro de dados.
Analise sua infraestrutura tecnológica
Empresas que estão com a infraestrutura tecnológica defasada são mais suscetíveis a sofrer qualquer tipo de ciberataque. Por isso, o recomendado é fazer uma avaliação completa para verificar as melhorias que precisam ser implantadas. É interessante ressaltar que até mesmo programas que estão desatualizados ou que não são originais podem representar uma brecha. Entretanto, todos os recursos de tecnologia devem ser averiguados para um diagnóstico preciso.
Integre recursos e centralize a gestão tecnológica
Há um amplo conjunto de soluções tecnológicas que podem ser adotadas para proteger a empresa, abrangendo desde um simples antivírus até os mais complexos e robustos sistemas de gestão da segurança da informação. Porém, essas ferramentas precisam atuar de forma integrada e contar com uma gestão centralizada — isto é, uma plataforma capaz de identificar ameaças, emitir relatórios inteligentes e gerenciar ações essenciais de proteção. Integração e centralização facilitam o gerenciamento dos recursos no dia a dia, reduzindo riscos para a empresa.
Faça um monitoramento contínuo
Um dos grandes desafios das empresas que são vítimas de ciberataques é identificar rapidamente vulnerabilidades que precisam ser corrigidas. Dependendo da situação, uma brecha pode demorar meses até ser descoberta. Com recursos tecnológicos adequados, que garantam o monitoramento contínuo dos ativos tecnológicos, esse tempo é reduzido para horas.
Realize detecções inteligentes
O sistema de detecção de ameaças pode fornecer informações mais detalhadas e categorizadas das tentativas de ações maliciosas. Adote um recurso que permita à sua empresa fazer essa detecção mais analítica para trabalhar melhor na correção e prevenção aos incidentes.
Aprimore a resposta a incidentes
Idealmente, a resposta a incidentes deve ocorrer de forma automatizada, para reduzir riscos à empresa. Para isso, é preciso dotar a empresa de recursos capazes de facilitar a gestão de vulnerabilidades e a resposta a incidentes. Um ponto importante é utilizar ferramentas que sejam adequadas ao perfil da sua empresa. Ao buscar uma solução sob medida, você terá um custo de investimento compatível com o porte do seu negócio e efetivo para reduzir os principais riscos que podem afetar a sua organização.
A integridade da infraestrutura tecnológica da sua empresa não tem preço. Invista em soluções efetivas de proteção contra o sequestro de dados e outras ameaças cibernéticas. Entre em contato com os consultores da Vantage.